Tempestade solar pode acabar com toda a tecnologia

[Marcio]

Efeito oriundo do sistema solar podem acabar com sistemas electrónicos de todo mundo

Uma forte tempestade solar ou geomagnética pode acabar com a sociedade tecnológica como a conhecemos. Segundo os especialistas ouvidos pelo jornal espanhol «ABC», o fenómeno tem potência suficiente para, numa só vez, destruir qualquer tipo de tecnologia.

Se voltar a ocorrer uma tempestade de partículas de plasma como a que atingiu a terra na passada terça-feira, a uma velocidade de 900 km/h, e afectou vários sistemas de comunicação, o estrago poderá ser maior. Esta foi a conclusão a que chegaram vários especialistas da «Sociedade Americana para o Avanço das Ciências», que se reuniram sábado passado.

Os especialistas garantem que «numa futura tempestade podemos não ter tanta sorte» porque «os efeitos de um fenómeno similar com a potência necessária pode terminar, de uma só vez, com a sociedade tecnológica do mundo moderno».

E que efeitos são esses? Estes podem surgir devido à sobrecarga das redes de satélites existentes e dos quais dependemos como, por exemplo: «sistemas de navegação marítima e aérea, ligações entre computadores, redes de telecomunicações, sistemas de GPS e todo o tipo de aparelhos electrónicos».

Os especialistas não têm dúvidas que «as tecnologias são extremamente vulneráveis às alterações que acontecem espaço» e dão outro exemplo nefasto para o fenómeno: «cortes nas centrais eléctricas de distribuição, que podem ficar inutilizadas durante semanas e meses».

Além disso, os cientistas também acreditam que estas tempestades pioram na «sua intensidade».

O alerta que foi lançado pela «Sociedade Americana para o Avanço das Ciências» foi para que os governos elaborem estratégias de cooperação e partilhem toda a informação vital, para que se evitem danos maiores.

Fonte: Tvi24

[Dawidson]

MARCIO

Impressionante !

Nem consigo imaginar como seria o mundo, hoje, se acabasse toda a tecnologia.
De volta aos "tempos das cavernas".

[Marcio]

Dawidson,
tive a oportunidade de participar do GT que avaliou o uso do GPS para navegação aérea no Brasil. Nos auxiliaram na época elementos americanos da FAA (Federation Aviation Administration).

Naquela ocasião constatamos o que a ciencia já havia descoberto:
-Grandes erupções solares causam falhas nos sistemas de navegação por GPS

O mais interessante ainda é que também constatamos, já citado pelos cientistas, que os efeitos danosos ocorrem em maior intensidade nos trópicos.

Em áreas tropicais, onde nos encontramos, a ionosfera apresenta instabilidade do plasma causando interferencias na amplitude e fase do sinal GPS. Na medida que nos afastamos do tropico esse efeito danoso é reduzido. Diria que no Sul, Sudeste e Centro Oeste o sinal do GPS é bem mais confiavel que o recebido no Norte e Nordeste Brasileiro.

Com os resultados dos testes constatamos que só poderiamos solucionar esse problema empregando sistemas de aumentação que resumidamente são estações terrestres que incorporadas ao sistema corrigem os erros recebidos pelo sistema satelital.

[jatinhaoutro]

Marcio
Vc cre que os governos tem um plano de defesa para uma falha desta magnitude?

[Marcio]

Governos sérios tem. Tenho minhas duvidas se o Brasil tem para todos os serviços. Alguns colapços de energia ocorridos já nos demonstraram que não tem ou, se tem, não foram testados e talvez por isso não funcionaram.

Quanto a navegação aérea tem e tive a oportunidade de participar de sua elaboração e testes. É um plano de contingência elaborado por niveis de inoperâncias que estabelece procedimentos até em situações de colapço total. O sistema de controle do espaço aéro não para até em situação de colapço total dos serviços suporte. Foi exaustivamente testado em todos os niveis e funcionou perfeitamente.

Cultura:

- Tem voce em sua casa, para o seu PC, um NOBREAK que se preze?

Isso é planejamento... Plano de contingência - Plano de Defesa.

Infelizmente o brasileiro não se liga em planos desse tipo. Está na raiz, na cultura do povo.

- Conhece voce o plano de emergencia da empresa que trabalha?
a maioria o tem, mas guardado na ultima gaveta e dificilmente consultado.

[jatinhaoutro]

Contingencia aqui é coisa séria, nós vendemos soluçoes de alta disponibilidade.
Dois analistas nao podem pegar o mesmo voo, tem que voar em voos diferentes, até nisso eles marcam duro.

[Marcio]

Para os que desejarem se aprofundar um pouco mais na materia e a entender melhor assistam ao video abaixo, a partir de 5 minutos dele.

[escadajr]

Isto é a profecia Maia, a mesma que serviu de tema para o filme 2012. Um tanto quanto exagerada. A realidade é um pouco mais simples: http://eternosaprendizes.com/2009/02/11 ... assassina/

O Sol tem um ciclo de 11 anos, e em 2012 ou 2013 espera-se (não é certeza) uma máxima desta atividade. Que já aconteceu diversas vezes ao longo de nossas vidas e ninguém percebeu.

Mesmo que neste ciclo atual a atividade seja mais alta que nos anteriores, o que não tem nada comprovado ainda e não se pode afirmar, a solução para enfrentá-la e minimizar os danos é desligar tudo o que for elétrico antes da tempestade. Os EUA têm um satélite capaz de detectar a onda com um dia de antecedência - em tese, tempo suficiente para que as redes de energia do mundo sejam desconectadas temporariamente, até passar a onda de partículas.

[Marcio]

escadajr,
em que pese a profecia, exagerada ou não, o foco aqui são os efeitos das explosões solares bem descritos no video postado e por essa razão apontamos para ser visto a partir do quinto minuto dele.

Se o caos vai ocorrer em grande magnitude em 2012, como cita a profecia, isso é outra estória e no fundo não acredito nessa profecia.

Uma coisa é certa!

Essas explosões solares já ocorrem e com maior intensidade no verão.

Comprovadamente interferem nos sinais GPS, sendo mais sentido na região dos trópicos.

Tenho relatorios dos testes que participei e comprovaram esse efeito.

Na área oeste da amazonia foi onde mais constatamos as interferencias e a perda de integridade do sinal.

Agora, vai ser um problema sério para o mundo se elas ocorrerem em grande magnitude .

[escadajr]

Sem dúvida! A região tropical já é castigada pelo Sol e continuará sendo, com o Sol em alta ou em baixa. No verão é mais crítico não porque o Sol esteja mais ativo nesta época (seu ciclo é de 11 anos, e não anual) mas porque a superfície da Terra está ligeiramente mais perto do Sol (por isso que é verão).

A eletrônica dos satélites em geral tem alguma proteção contra fluxos solares, mas não muita, senão as blindagens aumentariam muito o peso do satélite. Já tivemos dois casos de equipamentos pifados em satélites que supusemos que tivessem sido causados pelo raios solares.

Os satélites de telecomunicações, geoestacionários, são os mais suscetíveis de sofrerem por causa de ventos solares, pois ficam mais 12 horas por dia continuamente expostos ao Sol e estão em altitude mais elevada. Os satélites de órbita baixa, como os GPS, são um pouco menos suscetíveis.

Além disso, não dá pra desligar um satélite e esperar a onda de partículas passar, como faríamos com um computador ou celular. Satélite não se desliga, só fica em standby.

[Marcio]

superfície da Terra está ligeiramente mais perto do Sol (por isso que é verão).

As estações do ano são consequência das variações da inclinação do eixo da TERRA, girando em sua órbita elíptica em torno do sol. Não tem a ver com a distância da Terra ao Sol.
O ângulo em que os raios solares incidem sobre a Terra, não a distância que percorrem, é o que determina as variacões de temperatura terrestre, conforme as estações.
Enquando no sul é verão no norte é inverno. E vice-versa.

Quando citei verão na verdade abreviei para o nosso hemisfério.

As explosões solares ocorrem com maior intensidade entre os meses de dezembo e março. Todo ano e independente da estação do ano.

[escadajr]

Exato. É que a Terra tem a mania de girar ligeiramente inclinada em volta do Sol (com inclinação de uns 23 graus, arredondando). Dependendo de onde está na sua órbita, um hemisfério ou outro fica ligeiramente mais próximo do Sol. Por isso temos as estações.

[Marcio]

Dependendo de onde está na sua órbita, um hemisfério ou outro fica ligeiramente mais próximo do Sol.

Escada,
insisto que não tem a ver com PROXIMIDADE DO SOL e sim com a inclinação em relação ao sol.

As estações do ano são consequência das variações da inclinação do eixo da TERRA, girando em sua órbita elíptica em torno do sol. Não tem a ver com a distância da Terra ao Sol.
O ângulo em que os raios solares incidem sobre a Terra, não a distância que percorrem, é o que determina as variacões de temperatura terrestre, conforme as estações.

[escadajr]

Caro Márcio, não se preocupe com os termos. Estamos falando exatamente a mesma coisa com palavras diferentes. Falar da distância da superfície da Terra em relação ao Sol é exatamente a mesma coisa que dizer que o ângulo de incidência varia. Sutilezas da matemática de geometria esférica...

[Marcio]

escada,
por vezes posso parecer kri kri (talvez até seja), mas me preocupa muito a forma que interpretam o que falamos. Por vezes podem interpretar errado. Estamos em um topico publico.

Admiro muito o americano que em seus manuais comenta e repete o obvio. Muito critiquei antigamente os manuais deles por terem muito bla bla bla do obvio. Hoje entendo perfeitamente ser isso altamente necessário para o perfeito entendimento do que se transmite.

Falar da distância da superfície da Terra em relação ao Sol é exatamente a mesma coisa que dizer que o ângulo de incidência varia.

Me perdoe, mas discordo. Não é a mesma coisa.
Quanto menor o algulo de incidencia, mantendo-se a mesma distancia do emissor para o receptor, menor será a energia transmitida pelo emissor (SOL).

[escadajr]

OK, ok. Este debate é muito interessante. Diria até fascinante. Não sei se você reparou, mas estamos reproduzindo aqui, nos nossos termos, exatamente o que cientistas dos séculos 18 e 19 debateram. Até o Conan Doyle, na boca do Sherlock, já deu seu palpite neste assunto! Só faltaria, para ficar idêntico, discutirmos porque é mais frio no alto das montanhas que ao nível do mar (afinal, o cume das montanhas está mais perto do Sol!)

Considere que os raios de Sol sempre atingem a Terra paralelos, nunca como na lanterna da direita, cujo feixe se "abriu". Se medirmos a distância entre a lâmpada e a superfície no caso da esquerda e no caso da direita, veremos que, junto com a variação do ângulo de incidência, há também uma variação da distância que o raio de luz percorreu. Se um se altera, o outro também. São equivalentes.

O aumento área de incidência não pode ser considerada, pois o Sol é muito maior que a Terra e não há limitação de largura de feixe como na lanterna. Dadas as proporções, o Sol é como se fosse um plano infinito sobre nós emitindo radiação.

Mas, antes de passarmos a discutir o caso das montanhas, que tal encerrarmos este tópico que já acabou indo pra outro lado? Grato pelo debate incentivador!

[Marcio]

Para ser aviador tive que estudar profundamente metorologia e ela bem explica o caso da montanha ser mais fria.

A lanterna direta é um exemplo simples obtido na NET para entendimento da inclinação em relação aos raios solares. Dependendo da inclinação do sol em relação a terra existe sim a transmissão de mais ou menos energis e aí se explica a diferença de ser verão em um hemisferio enquanto no outro é inverno e vice versa.